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Política

O aquecimento global é uma fraude

06/07/2009

O aquecimento global é uma fraude

À medida que os anos vão passando e os dados vão se acumulando, torna-se cada vez mais evidente que o aquecimento global é uma fraude.  A mudança climática é algo natural e permanente, mas a Terra não se aqueceu significantemente ao longo dos últimos trinta anos.  Tampouco houve algum efeito único e negativo, de qualquer tipo, que possa ser inequivocamente atribuído ao aquecimento global.

No presente momento, dados de satélite mostram que a temperatura média global é a mesma do ano de 1979.  A extensão do gelo marítimo global também segue imutável desde 1979.  Desde o final da última Era do Gelo, o nível do oceano já subiu mais de cem metros.  Mas nos últimos três anos, não houve qualquer aumento no nível do mar.  Se as calotas polares estão derretendo, por que o nível dos oceanos não está subindo?  Ademais, o aquecimento global supostamente deve aumentar a severidade e a freqüência das tempestades tropicais.  Mas a ocorrência de furacões e tufões está em níveis historicamente baixos.

Nos EUA, por exemplo, a cada ano morrem mais de quarenta mil pessoas em acidentes de trânsito.  Mas nem uma única pessoa já morreu em decorrência do aquecimento global.  O número de espécies já extintas por causa do aquecimento global é exatamente zero.  Tanto as calotas glaciais da Antártica quanto as da Groelândia permanecem estáveis.  A população de ursos polares está aumentando.  Não houve nenhum aumento na ocorrência de doenças infecciosas que possa ser atribuído à mudança climática.  Não estamos vivenciando mais enchentes, secas ou incêndios florestais.

O fato é que durante os últimos 11 anos, a Terra, ao contrário do que dizem, tem esfriado, e não esquentado -- apesar do aumento das emissões de dióxido de carbono.  E embora a Terra esteja mais quente do que há cem anos, estamos falando de aproximadamente 0,7 graus Celsius.  As temperaturas ainda estão abaixo daquelas observadas durante o quente período medieval, e ainda muito menores do que aquelas ocorridas durantes vários outros períodos de temperaturas altas, como por exemplo durante a Idade do Bronze (antes da época do ferro, época da história do homem primata) -- períodos durante os quais não havia emissões de carbono significativas (essencialmente não havia outras emissões que não o dióxido de carbono que naturalmente exalamos).

Em resumo, não há qualquer tipo de evidência de que estamos entrando em uma era de significativa alteração climática, e que essa alteração irá causar a deterioração do meio ambiente ou dos padrões de vida humano.

Mas por que as pessoas pensam que o planeta está se aquecendo?  Uma razão é que os dados de temperatura das estações meteorológicas parecem estar irremediavelmente contaminados por efeitos urbanos geradores de calor.  Uma inspeção das 1221 estações nos EUA, feita pelo meteorologista Anthony Watts e seus colegas, está hoje mais de 80% completa.  A magnitude do suposto aquecimento global durante os últimos 150 anos é de aproximadamente 0,7 °C.  Porém, o problema é que somente 9% das estações meteorológicas nos EUA podem apresentar erros de temperatura menores do que 1 °C.  Mais de dois terços dos sensores de temperatura utilizados para se estimar o aquecimento global estão localizados próximos a fontes artificiais de calor, como respiradouros de ar condicionado, concreto de asfalto e edifícios.  Essas fontes provavelmente introduzem erros artificiais maiores do que 2 °C nos históricos de temperatura.

Outra causa dessa histeria aquecimentista é a infiltração da ciência por fanáticos ideológicos que colocam a política acima da verdade.  No início de junho de 2009, a administração Obama soltou um relatório que concluía que o aquecimento global teria uma série de efeitos deletérios sobre os EUA.  Em 1995, um dos principais autores desse relatório disse a mim que teríamos de alterar o registro do histórico de temperaturas -- mais precisamente, teríamos de "deletar" o Quente Período Medieval.

Esse relatório faz referências -- seis vezes -- ao trabalho de um cientista climático chamado Stephen H. Schneider.  Em 1989, Schneider disse à revista Discovery que "temos de criar e apresentar cenários, fazer declarações simplificadas e dramáticas, e não fazer menções a qualquer dúvida que possamos ter".  Schneider concluiu que "cada um de nós tem de se decidir entre ser efetivo e ser honesto".  Essa posição de Schneider não é atípica.  Em 2007, Mike Hulme, o diretor fundador do Tyndall Center for Climate Change Research, na Grã-Bretanha, disse ao jornal The Guardian que "cientistas e políticos devem trocar a verdade pela influência".

Ao mesmo tempo em que emitia um relatório que prostituía a ciência pela política, a administração Obama suprimia um relatório interno da EPA (Agência de Proteção Ambiental) que concluía haver "inconsistências fragorosas" entre os dados científicos e a hipótese de que as emissões de dióxido de carbono estavam alterando o clima.

Se tivéssemos alguma apreciação pela história, não seríamos enganados tão facilmente assim.  Tudo isso já aconteceu antes, embora em escala menor e numa época em que as pessoas tinham mais senso comum.  Em 19 de maio de 1912, o Washington Post propôs as seguintes perguntas: "O clima do mundo está mudando? Está ficando mais quente nas regiões polares?"  Em 2 de novembro de 1922, a Associated Press relatou que "o Oceano Ártico está se aquecendo, os icebergs estão se tornando mais escassos e, em alguns lugares, as focas estão achando as águas muito quentes".  Em 25 de fevereiro de 1923, o New York Times concluiu que "o Ártico aparentemente está se aquecendo".  Em 21 de dezembro de 1930, o Times notou que "as geleiras dos Alpes estão em completa retração".  Alguns meses mais tarde o Times concluiu que havia "uma mudança radical nas condições climáticas e uma tepidez até então inédita" na Groenlândia.  A única coisa que mudou no Times desde 1930 é que, atualmente, ninguém que trabalha ali é literato o suficiente para utilizar a palavra "tepidez".

Após o clima morno dos anos 1930 ter dado lugar a uma tendência de resfriamento que começou já nos anos 1940, a mídia começou a especular sobre a iminente chegada de uma nova Era do Gelo.  Já na década de 1970, o bicho-papão do resfriamento global estava a toda.  Este artigo da Revista Time é um bom exemplo.  Para não ficar pra trás, a Newsweek também entrou no clima (com o perdão do trocadilho).  O artigo alertava: "Os climatologistas estão pessimistas quanto à capacidade de os líderes políticos tomarem decisões efetivas que possam compensar a mudança climática, ou mesmo aliviar seus efeitos".  Quer mais exemplos?  Clique aqui.

Tanto naquela época quanto atualmente, tudo se baseava em ciência espúria.  Para ambos os casos, a solução era a mesma: controle estatal da economia.  O objetivo nunca se altera: gerenciamento governamental de toda a economia.

Já demos a volta completa e voltamos hoje ao ponto de partida, envoltos em um desanimador ciclo de reencarnada ignorância.  H. L. Mencken entendeu esse processo quando explicou que "todo o objetivo da política é manter o populacho alarmado por uma infindável série de espantalhos, a maioria deles imaginária."

Sobre o autor

David Deming

É geofísico e professor adjunto de Artes e Ciências da Universidade de Oklahoma.

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