PODCAST 129 - PAULO EDUARDO MARTINS
A campanha eleitoral nem começou
oficialmente, mas o PT já mostrou de que forma vai agir contra os “inimigos” do
partido. Recentemente, aproveitou as vaias contra a presidente na cerimônia de
abertura da Copa do Mundo para, mais uma vez, dividir a sociedade brasileira
entre a “elite branca” que se posiciona contra o governo e as parcelas mais
pobres da população, que, na cabeça dos petistas (a elite com o capital
alheio), apoiam o governo.
E no início desta semana o vice-presidente do PT e coordenador das redes sociais do partido, Alberto
Cantalice, publicou um texto com uma lista negra que incluía Reinaldo
Azevedo, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Guilherme Fiúza, Lobão,
Gentili, Marcelo Madureira, Demétrio Magnoli, qualificados
como pitbulls da grande mídia e inimigos do povo.
Para falar sobre o modo de atuação
do PT, publicamente e nos bastidores, o Podcast do IMB entrevistou Paulo
Eduardo Martins, o corajoso jornalista e comentarista da TV Massa, afiliada do SBT em Curitiba. É a segunda entrevista com Paulo (a
primeira pode ser ouvida aqui),
que é leitor regular do site do IMB e talvez o único
jornalista da TV brasileira que usa os conhecimentos da Escola Austríaca para
fundamentar seus comentários.
O jornalista também falou
sobre as consequências políticas da radicalização pública do PT, que faz parte
de sua história política, mas que estava estrategicamente escondida dos
holofotes, e sobre a percepção e a reação negativa de uma parcela significativa
da população brasileira sobre o governo petista, o que tem se manifestado não
só em vaias, mas nas pesquisas de avaliação da administração federal e das
intenções de voto.
Outro tópico da conversa foram
as eleições para a presidência e para o Congresso, mais especificamente os
temas relevantes para a sociedade que deveriam entrar na pauta do debate
político. “A principal pauta hoje para mim é a liberdade em sentido amplo. Se
há um partido no poder que tem obsessão por destruir a liberdade, seja ela qual
for, é preciso fazer uma guerra de valores em defesa da liberdade”.