Assino em baixo.
No ensino médio fui mau estudante inicialmente, mas depois me tornei excelente. Concorri para dois cursos de duas universidades diferentes e consegui passar para os dois cursos, mas só fui para um - economia - e larguei o outro.
Entrei na faculdade com muito entusiasmo, mas meus primeiros anos foram muito ruins e eu não conseguia entender como era possível que o mesmo eu que foi brilhante no ensino médio estava tendo um dos piores aproveitamentos acadêmicos da minha vida e isso me desmotivou de forma colossal.
Tinha muita dificuldade de entender macroeconomia, sobretudo o keynesianismo porque me parecia irreal e inaplicável. Obstinado, fui pesquisar quais efetivamente eram os problemas do keynesianismo e curiosamente, por acaso, encontrei uma crítica de Rothbard ao modelo keynesiano e foi assim que conheci a Escola Austríaca (EA). Através dela, comecei a entender como funcionava o keynesianismo. Fui conhecendo a EA com profundidade e não deu outra, meu interesse concreto por economia começou aí e não parei mais, isso me abriu a mente de forma extraordinária até para outras áreas.
O estrago foi muito grande, perdi muito tempo estudando só o que o mainstream permitia e o que vejo hoje, são ex-colegas de faculdade, alguns com destaque, inclusive, repetindo teses absolutamente absurdas sobre economia em particular e que não conseguem resolver efetivamente os problemas que são-lhes propostos. Não sabem resolver nada senãopela ótica estreita do que aprenderam durante o curso. Conhecidos com formação universitária, mas com uma percepção de mundo incrivelmente atrasada e que não sabem fazer nada além daquilo que fazem todos dias por mera repetição. É chocante perceber esse fenômeno.
Por interesse próprio, ainda farei outras faculdades, mas não com a mentalidade que tinha, de que faculdade é garantia de alguma coisa, sobretudo depois de ver na prática como funciona o mercado laboral - se você não agrega valor, o seu diploma vale zero.