O gozado é que, do jeito que os abortistas falam, parece que o feto surgiu ali na barriga da mãe como que por mágica. Como se uma minhoca, durante a noite, houvesse adentrado sem pedir permissão o ventre da mulher.
Diego, se eu esbarrar em você sem querer e você cair em uma piscina funda e não souber nadar, teria eu a obrigação de salvar você? Ou, por exemplo, estamos em um navio, eu tropeço, esbarro em você, e você cai em alto mar, repleto de tubarões famintos. Eu tenho ou não a obrigação de salvar você?
Note que eu inadvertidamente lhe coloquei em uma situação em que sua vida está em risco extremo. Eu lhe coloquei em uma situação na qual você não pediu para estar. Mas eu, pela sua lógica, não sou culpado de nada. Se você morrer, posso lavar minhas mãos e dizer "Oops, coitado. Lugar errado, hora errada."
É exatamente isso que você está dizendo ao sugerir que o bebê "surgiu" no ventre da mãe, como que por encanto; como se a mulher nada houvesse feito para que o bebê "invadisse" seu útero; como se questões básicas da biologia fossem totalmente desconhecidas. (Depois falam que os religiosos é que são obscurantistas; parece que eles entendem muito mais de ciência do que vocês).
Essa postura de querer se evadir de responsabilidades é totalmente antilibertária e amplamente libertina. Se alguém fez filho, mas não quer criar, está cheio de casais estéreis por aí loucos para ter um.