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A imprensa brasileira compreensivelmente não está noticiando
os trambiques do seu garoto-modelo, por isso temos de recorrer a fontes
estrangeiras.
Como noticia o britânico Telegraph,
Al Gore pode se tornar o primeiro sujeito no mundo a faturar um bilhão de
dólares exclusivamente por causa das "políticas verdes" que ele tanto advoga.
O que tem de errado nisso? Explico:
Ano passado, a empresa da qual Al Gore é parceiro, uma
private equity chamada Kleiner
Perkins, emprestou 75 milhões de dólares para uma pequena empresa da
Califórnia. Essa empresa californiana,
chamada Silver Spring Networks, produz hardware e software com o intuito de
deixar as redes elétricas mais eficientes.
Até aí, beleza.
Não há nada de errado nisso.
Mas eis que na semana passada entra em cena o
Departamento de Energia americano e anuncia subsídios de 3,4 bilhões de dólares
para tais empreendimentos. Do total,
mais de 560 milhões foram destinados para concessionárias de utilidade pública com as
quais a Silver Spring tem contratos.
Isso significa que a Kleiner Perkins de Al Gore, que
entrou com meros 75 milhões de dólares, poderá colher lucros estrondosos nos
próximos anos, cujas estimativas chegam a 1 bilhão de dólares.
Quando um sujeito enriquece no livre mercado, isso
significa que ele teve êxito em ofertar bens e serviços que os consumidores
estavam demandando. Trata-se de um
arranjo puramente voluntário e meritocrático. Agora,
quando um sujeito membro da elite política utiliza o aparato estatal para se
tornar ainda mais rico, isso significa que ele teve êxito em espoliar os
contribuintes de seu país.
Mas temos de reconhecer o espírito empreendedor de Al
Gore. Primeiro o indigitado sai percorrendo
o mundo promovendo suas mentiras climáticas.
Isso lhe rende um Nobel e o servilismo de toda a imprensa mundial (a
imprensa brasileira certamente é uma das mais sabujas. É praticamente impossível encontrar uma linha
sequer criticando Gore).
Logrado êxito na promoção do terrorismo ambiental,
Gore passa a promover intervenções estatais geradoras de pobreza alheia (e
enriquecimento próprio). A intenção é
fazer com que o mundo retorne ao modo de vida do início do século XX. Países mais espertos e que estão preocupados
em enriquecer, como China e Índia, simplesmente ignoram as políticas preconizadas pelo charlatão. No Brasil, o sujeito tem um ardoroso fã clube
midiático liderado por Sérgio
Abranches - que, sendo sociólogo, está perfeitamente apto a palpitar com firmeza
e desenvoltura sobre questões climáticas das quais nem os cientistas do MIT se
sentem seguros para falar.
Uma vez implementadas tais políticas pelo congresso
americano, Gore apenas se ocupa de coletar os milhões de dólares que passam a
jorrar dos contratos que ele tem com as empresas que ele ajudou a enriquecer
por meio dos subsídios do estado.
Fecha-se o ciclo de investimento.
Pelo menos ficou explícito agora quais são - e sempre
foram - as reais intenções de Gore.
Ou seja: foi transformado em ícone do humanismo um sujeito que cria
factóides para arrebatar receitas polpudas do contribuinte. E não se enganem: isso não é problema
exclusivo dos americanos. Quando as políticas algorianas forem implantadas no Brasil, seu suado dinheirinho será utilizado
para benefício de empresas e empresários com boas conexões com o estado.
E tudo em nome do verde e com todo o apoio da
mídia. Simplesmente não haverá como nos
defendermos. Como dizem em Minas, "Nós
tamo a pé".