quarta-feira, 21 out 2009
N. do T.: quando até a politicamente
corretíssima BBC começa a questionar a acurácia do alarmismo aquecimentista, é
porque as coisas não estão muito bem coordenadas dentro das hostes catastrófico-ambientalistas. O texto a seguir, tradução de um artigo da BBC News,
não é de cunho negacionista (se o fosse, a BBC certamente já teria sido
fechada pelo governo britânico). Porém, trata-se de um bom
exemplo de como as teses catastrofistas já começaram a ser questionadas até mesmo
pela grande mídia, sempre serviçal aos governos.
Esse
título pode ser surpreendente, assim como o fato de que o ano mais quente
registrado em nível global não foi o de 2008 e nem o de 2007, mas sim o de
1998.
Mas
é verdade. Nos últimos 11 anos não temos
observado nenhum aumento nas temperaturas globais.
E
nossos modelos climáticos não previram isso, ainda que o dióxido de carbono
produzido pelo homem - o gás tido como o responsável pelo aquecimento do
planeta - tenha aumentado continuamente.
Portanto,
o que diabos está acontecendo?
Os
céticos da mudança climática, que apaixonada e consistentemente argumentam que
a influência do homem sobre o clima é superestimada, dizem que tudo isso era
previsível.
Eles
argumentam que existem ciclos naturais - sobre os quais não temos controle
algum - que determinam quão quente o planeta está. Mas qual é a evidência disso?
Os
céticos argumentam que o aquecimento que foi observado se deveu a um aumento da
energia emitida pelo sol. Afinal, 98% do
calor da Terra advém do sol.
Mas
uma pesquisa conduzida há dois anos, e publicada pela Royal Society de Londres,
parece ter descartado a hipótese da influência solar.
A
principal abordagem dos cientistas foi simples: analisar a produção solar e a
intensidade dos raios cósmicos durante os últimos 30-40 anos, e comparar essas
tendências com o gráfico de temperatura média global da superfície terrestre.
E
os resultados foram claros. "O
aquecimento dos últimos 20 a 40 anos não pode ter sido causado pela atividade
solar," disse o Dr. Piers Forster, da Universidade de Leeds, um dos principais
contribuidores para o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Entretanto,
Piers Corbyn, cientista solar da Weatheraction, uma empresa especializada em
meteorologia de longo alcance, discorda.
Ele
alega que partículas carregadas de energia solar têm sobre nós um impacto muito
maior do que o atualmente considerado.
Tão maior que, segundo ele, elas são quase que totalmente responsáveis
pelo que acontece com as temperaturas globais.
Ele
está tão entusiasmado com o que descobriu que ele planeja contar tudo à
comunidade científica internacional em uma conferência a ser realizada em
Londres no final desse mês.
Se
ele estiver certo, isso pode revolucionar toda a discussão.
Ciclos dos oceanos

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Nos últimos anos, o Oceano Pacífico começou a perder sua tepidez; com efeito,
recentemente ele começou esfriar - isto é, a apresentar temperaturas abaixo de seu média.
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Mas
o que é realmente interessante no momento é o que está acontecendo aos nossos
oceanos. Eles são os maiores
armazenadores de calor da Terra.
De
acordo com uma pesquisa conduzida em novembro passado pelo professor Don
Easterbrook, da Universidade Western Washington, as temperaturas dos oceanos
estão correlacionadas com as temperaturas globais.
Os
oceanos, diz ele, possuem ciclos. Eles
se aquecem e se resfriam ciclicamente. O
mais importante desses ciclos é o da Oscilação
Decadal do Pacífico (ODP).
Durante
grande parte das décadas de 1980 e 1990, ele estava em um ciclo positivo, o que
significa que sua temperatura estava acima da média. E observações revelaram que as temperaturas
globais também estavam acima da média.
Porém,
nos últimos anos, o Oceano Pacífico começou a perder sua tepidez; com efeito,
recentemente ele na verdade começou a esfriar - isto é, a apresentar
temperaturas abaixo de sua média.
Esses
ciclos, sempre que ocorreram no passado, duraram aproximadamente 30 anos.
Sendo
assim, será que as temperaturas globais seguirão essa tendência? O resfriamento global ocorrido entre 1945 e
1977 coincidiu com um desses ciclos de resfriamento do Pacífico.
Diz
o professor Easterbrook: "A ODP saiu de seu 'modo de aquecimento' e entrou em
'modo de resfriamento' no Oceano Pacífico, virtualmente nos assegurando
aproximadamente 30 anos de resfriamento global."
E
o que significa isso? Os céticos da
mudança climática argumentam que isso é evidência de que eles estavam certos
durante todo o tempo.
Eles
dizem que há tantas outras causas naturais para o aquecimento e o resfriamento
que, mesmo se o homem de fato estivesse esquentando o planeta, suas ações
seriam mínimas em relação às ações da natureza.
Mas
esses mesmos cientistas que são igualmente passionais quanto à influência do
homem sobre o aquecimento global afirmam que sua ciência é sólida.
Já
o Centro
Hadley para Previsão e Pesquisa Climática, do Reino Unido, diz incorporar
em seus modelos climáticos a variação solar e os ciclos oceanos, e que ambos
não são novidade alguma.
De
fato, o centro diz que ambos são apenas dois entre uma enormidade de fatores
conhecidos que influenciam as temperaturas globais - todos os quais são levados
em consideração por seus modelos.
Ademais,
afirmam os cientistas do Centro, as temperaturas jamais aumentaram em linha
reta, e sempre haverá períodos de aquecimento mais lento, ou mesmo de
resfriamento temporário.
O
que é crucial, dizem eles, é a tendência de longo prazo das temperaturas
globais. E essa, de acordo com os dados
do centro, aponta para cima.
Mas
para complicar ainda mais a questão, no mês passado, Mojib Latif, membro do
IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), disse que podemos
de fato estar entrando em um período de resfriamento mundial que pode durar outros
10-20 anos.
O
professor Latif é do Instituto Leibniz de Ciências Marinhas da Universidade de
Kiel, na Alemanha, e é um dos maiores modeladores climáticos do mundo.
Porém
ele deixa claro que não se tornou um cético; ele acredita que esse resfriamento
será temporário, após o qual as forças do aquecimento global causado pelo homem
irão se reafirmar.
Assim,
o que podemos esperar para os próximos anos?
Ambos
os lados têm previsões muito distintas.
O Centro Hadley diz que o aquecimento irá recomeçar brevemente - e de
maneira intensa. A previsão é que, de
2010 a 2015, pelo menos metade dos anos serão mais quentes que o atual ano mais
quente da história (1998).
Os
céticos discordam. Eles insistem que é
improvável que as temperaturas irão atingir as vertiginosas marcas de 1998 até,
no mínimo, 2030. Segundo eles, por causa
dos ciclos solares e oceânicos, um período de resfriamento global é mais
provável.
Uma
coisa é certa. Tudo indica que o debate
sobre o aquecimento global e suas causas está muito longe de acabar. Aliás, alguns diriam que ele está apenas
esquentando.
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Comentários
do IMB:
1) As emissões de dióxido de carbono aumentaram
constantemente durante todo o século XX.
Pense na industrialização do Ocidente, do Japão, do Sudeste Asiático e,
principalmente, da China e da Índia. Não
obstante, e ao contrário da lógica aquecimentista, as temperaturas globais de
modo algum aumentaram continuamente.
Elas flutuaram de modo disperso.
2)
Se não há essa conexão causal entre dióxido de carbono e aquecimento global,
então é muito temerário dizer que é o homem o responsável pelas mudanças
climáticas. Se os responsáveis forem a
atividade solar e os oceanos, então não temos controle algum sobre o fenômeno.
3)
Contrariamente ao que dizem, os ursos polares aparentemente estão indo
bem. E embora as calotas glaciais do
Pólo Norte estejam diminuindo, as calotas glaciais da Antártica, as quais
contêm 90% de todo o gelo mundial, estão se expandindo.
4)
O gelo que está derretendo no Ártico está abrindo uma passagem entre a Europa e
a Ásia. Os Russos creem que a enorme
quantidade de recursos minerais do Ártico brevemente estará acessível. Enquanto o resto do mundo fica organizando
coquetéis e debates infindáveis sobre algo inconcluso, os russos estão se
preparando para se apossar desses recursos.
5)
Nunca foi segredo algum que o objetivo dos globalistas - as mesmas entidades
que fomentam pesquisas e temores sobre o aquecimento global - é a criação de um
governo mundial, sob controle da ONU. Tudo de que eles precisam é criar um clima propício (com o perdão do
trocadilho) para impor controles e restrições sobre as populações da
Terra. O temor estilo 'fim-dos-tempos'
infundido pelos apóstolos do aquecimento global e suas consequentes imposições
são a melhor arma que eles possuem.
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Propostas para uma economia mais verde