quinta-feira, 25 out 2012
Não
é nenhum exagero dizer que não há uma semana em que não recebamos perguntas
sobre "importações destruírem empregos", "real valorizado prejudicar a
indústria nacional", "moeda desvalorizada ter suas vantagens", "protecionismo
ter alguma importância estratégica" e todas as variáveis do tipo. Não obstante todas as perguntas possíveis
sobre protecionismo já terem sido respondidas por completo em
nossos artigos sobre
protecionismo, há alguns detalhes sobre o assunto que ainda não foram
explorados a contento. A maioria das
vezes, as perguntas centram-se na questão das tarifas de importação. Hoje, ela centrará na questão da valorização
da moeda.
Um
leitor nos envia a seguinte pergunta:
Boa noite,
Tenho uma dúvida de teoria econômica. Agradeço se puderem
me esclarecer.
Qual seria a política cambial certa em um cenário de guerra
cambial, onde todos os países competem desvalorizando suas moedas? Por exemplo, o Brasil. Se nossa presidente,
seguindo os ensinamentos da Escola Austríaca, cruzasse os braços e deixasse o
mercado atuar, nossa economia estaria em uma situação melhor agora? Suponhamos
que em vez de desvalorizar o real, como o BC está fazendo, ele deixasse a nossa
moeda apreciar. Hoje, o real estaria valendo ouro e as importações, tanto as
que são para consumo quanto as de insumos para a indústria, seriam
impulsionadas como nunca antes, é verdade. Mas não aconteceria um processo de desindustrialização
semelhante ao sofrido pelos EUA devido à política cambial chinesa? Neste caso, no final das contas, estaríamos
em melhor ou pior situação?
Pode-se citar, como pontos positivos, um provável aumento
de produtividade da indústria, em razão do crescimento das importações de
insumos e bens de capital. Contudo, como confiar que esse aumento seria
suficientemente grande para compensar — e este é o ponto negativo — a perda
de competitividade dos preços dos nossos produtos?
Por fim, uma moeda valorizada funcionaria como refúgio para
os investidores (como o franco suíço até um tempo atrás), o que reduziria
drasticamente os juros de captação e seria um estímulo para o governo se
endividar mais.
Em
resumo, a pergunta do leitor em nada difere das outras dezenas que já recebemos
sobre o assunto. Porém, esta é mais
interessante porque permite um maior aprofundamento sobre uma questão muito
pouco entendida pelos brasileiros, por total falta de experiência com o assunto:
os benefícios de se ter uma moeda forte.
Primeiro, uma correção
Antes
de responder diretamente às perguntas do leitor, é importante fazer uma
correção técnica em seu raciocínio. Em
seu terceiro parágrafo, o leitor afirma que se o Banco Central brasileiro não
estivesse imprimindo reais para desvalorizá-lo perante o dólar, o real hoje estaria
substancialmente valorizado. Esse
raciocínio não é correto.
Sim,
é verdade que o que determina a taxa de câmbio de uma moeda é o seu poder de
compra. Consequentemente, a moeda que
for menos inflacionada tenderá a ter um poder de compra mais elevado em relação
às outras moedas, e sua taxa de câmbio, por conseguinte, será a mais
apreciada. Porém — e esse é o 'grande
lance' —, o que determina o poder de compra de uma moeda não é apenas a sua oferta, mas também a demanda por esta moeda.
Se
o Banco Central brasileiro interrompesse por completo a expansão monetária, de
modo que a quantidade de reais na economia se tornasse fixa, tal medida, por si
só, não seria nenhuma garantia de que a nossa taxa de câmbio iria se apreciar e
o real passaria a "valer ouro", como disse o leitor. Tudo iria depender da demanda (nacional e mundial) por reais. A demanda por moeda pode ser entendida como 'a
procura por moeda para se realizar transações econômicas'. Quanto maior o crescimento de uma economia,
maior tende a ser a demanda por sua moeda.
Ou seja: a demanda por uma moeda tende a ser proporcional ao crescimento
da economia daquele país.
Em
outras palavras: se o Banco Central brasileiro interrompesse a expansão do
crédito no país, que hoje apresenta um crescimento em torno de 18% ao ano, a
economia entraria em profunda recessão.
Estando em recessão, a demanda (nacional e mundial) por reais deixaria
de aumentar (poderia até cair). E isso,
por si só, impediria qualquer apreciação no valor do real no mercado
internacional. O real não iria se
valorizar, e a taxa de câmbio, ao contrário do que disse o leitor, não estaria "valendo
ouro".
Um
exemplo prático desta teoria pôde ser observado no Brasil em 2003. Naquele ano, com a inflação de preços (IPCA)
chegando aos 17%, o Banco Central subiu os juros e fez com que a expansão de
crédito caísse de 13% para 3% ao ano, uma das menores da história do real (ver
o quarto gráfico deste
artigo). Isso, no entanto, fez com
que o câmbio fosse de 3,70 reais por dólar para apenas 2,80 reais por dólar,
sendo que, no primeiro semestre de 2004, o real já havia se desvalorizado
novamente para mais 3 reais por dólar. Ou
seja, a abrupta interrupção da expansão creditícia daquele ano, longe de gerar
uma forte valorização do real, gerou apenas recessão.
Desde
que o câmbio passou a ser flutuante, em 1999, o dólar só ficou abaixo de 1,70 real
durante alguns meses de 2008 e de 2010/2011, justamente quando a economia
estava crescendo às suas taxas mais vigorosas desde a introdução do real.
Esta
explicação, por si só, já deveria servir para aplacar os temores do leitor e de
todos os outros que, como ele, temem a "ininterrupta valorização" do real
perante o dólar e a consequente "aniquilação da indústria nacional". Ao contrário do senso comum, é muito difícil
manter uma moeda permanentemente forte.
É necessário saber combinar baixa
expansão do crédito com contínuo crescimento econômico. Até hoje, apenas os suíços e os alemães
souberam fazer isso por várias décadas (ambos os países, aliás, fortes exportadores, "apesar de" sua moeda forte).
1º resposta
Implícito
em todo o raciocínio do leitor está a noção de que desvalorizar o câmbio — ou
seja, inflacionar a moeda — é uma medida benéfica para a indústria e neutra
para o resto da população. Nada mais
falso. O que o leitor não disse
explicitamente, mas deixou claro nas entrelinhas, é que medidas inflacionárias
podem ser boas para alguns e neutras para o restante da população, de modo a
criar um genuíno "ganho social" para o país.
Embora
o setor industrial realmente se beneficie com a desvalorização do câmbio, este
benefício se dá em detrimento do bem-estar de todo o resto da população do
país, que não apenas tem de arcar com um custo de vida mais elevado em
decorrência da inflação de preços gerada pela inflação monetária, como ainda
fica privada de obter bens importados a preços acessíveis. Como pode alguém defender a redução do poder
de compra de vários em prol de bem-estar de alguns poucos? Isso é elitismo puro e duro.
Vejam
o que houve recentemente no Brasil, que adotou a medida de desvalorização
cambial defendida pelo leitor. Em julho
de 2011, um dólar valia R$1,54. Isso
significa que um brasileiro que ganhava um salário de R$3.000 tinha um poder de
compra de US$1.948. Hoje, após a adoção das medidas defendidas
pelo leitor, um dólar vale R$2,02. Logo,
um brasileiro que ganha R$3.000 viu seu poder de compra cair para US$1.485. Para manter seu poder de compra inalterado,
este brasileiro teria de ganhar hoje R$3.934.
Como
pode esta abrupta redução no poder de compra da população brasileira ser
defendida? Como ela pode ser boa para a
economia? Como pode uma população estar
em melhor situação se ela hoje possui mais dificuldades para adquirir bens estrangeiros? Se um país quer ser uma potência, como ele
irá conseguir isso reduzindo o poder de compra de sua população? Todo esse raciocínio equivale a dizer
simplesmente que dificultar o comércio é uma medida que cria riqueza para
todos.
2ª resposta
Também
implícito no raciocínio do leitor está a noção de que uma economia saudável é
aquela que possui baixas taxas de desemprego.
Outro erro. Baixas taxas de
desemprego é algo que pode ser atingido da noite para o dia: basta colocar os
desempregados para cavar buracos. Ou
aumentar as contratações do setor público.
Reza a lenda que a URSS tinha desemprego zero. Não duvido.
Dizem o mesmo de Cuba. Não
duvido. Mas de que adianta você ter um
emprego se você não pode consumir nada com o seu salário? De que adianta você trabalhar e ganhar em
troca um salário que não lhe dá nenhum poder de compra? De que adianta você trabalhar e não poder
adquirir nada, pois o governo cria empecilhos? É a isso que uma sociedade deve aspirar?
Ter
um trabalho mas não poder usufruir os frutos do seu trabalho é escravidão. Por isso comunismo é escravidão. Você trabalha e não pode usufruir os frutos
do seu labor. Por que defender isso?
Em
termos de bem-estar, é preferível ser um desempregado alemão que ganha 800
euros de seguro-desemprego e que pode utilizar esta moeda (ainda) forte para adquirir
bens estrangeiros a custos baixos, a ser um assalariado brasileiro que, com
seus R$1.509 (rendimento
médio real dos trabalhadores do setor privado com carteira assinada em 2011),
tem hoje um poder de compra nominal de 576 euros, mas que, considerando todas
as tarifas de importação, tem um poder de compra real muito abaixo disso.
Pelo
mesmo raciocínio, um desempregado espanhol ou português — que, com sua moeda
forte, tem acesso a bens americanos e europeus a preços baixos — possui um
padrão de vida mais elevado que o de um trabalhador médio brasileiro. Como pode alguém defender esta política de
escravidão de todos em prol do bem-estar de poucos (do setor industrial)?
Uma
sociedade formada por uma minoria exportadora e rica e por uma maioria que não
tem poder de compra já existe: a China.
É para lá que os defensores do mercantilismo cambial querem nos
levar. Prefiro ser desempregado em Portugal. O padrão de vida é muito
maior.
Completando
Em
outros artigos já
foi explicado que o real empecilho à indústria nacional, longe de ser o câmbio,
sempre foi a carga tributária, a inflação monetária, a burocracia, as
regulamentações restritivas, a infraestrutura precária, os sindicatos e os
encargos sociais e trabalhistas. O
câmbio é apenas o bode expiatório favorito dos incompetentes que querem
transformar uma inocente variável na única culpada por todos os malefícios
estruturais e arcaicos da nossa economia.
Portanto, aqueles que estão genuinamente preocupados com a indústria
nacional deveriam parar de se preocupar com o câmbio e concentrar seus esforços
em pressionar o governo a parar de oprimir o setor com todos os empecilhos
acima listados. Não queiram reduzir o
poder de compra da população. Isso é
imoral.
Como
não poderia deixar de ser, o leitor citou o fantasma da "desindustrialização
americana", um mito criado pela mídia.
Mito? Sim, mito. Não houve desindustrialização; houve aumento de
produtividade. Não confiem em mim; olhem
os dados e concluam.

Embora
o emprego na indústria americana (linha azul) tenha se reduzido, a produção
industrial do país (que é o que realmente importa para a economia) seguiu
crescendo. Isso se chama aumento de produtividade.
Após
fazer terrorismo com a falaciosa situação industrial americana, o leitor faz a
pergunta fulminante: "Neste caso, no
final das contas, estaríamos em melhor ou pior situação?"
Não
obstante o temor do leitor em relação ao câmbio não possuir fundamento, vamos
supor aqui, para o bem do debate, que uma liga de alemães e suíços tomasse o
controle do BACEN e passasse a impor sua filosofia monetária. Imaginemos também que, como que por mágica,
repentinamente o Brasil passasse a apresentar baixas taxas de expansão do
crédito e sólidas taxas de crescimento econômico. Em suma, o real passaria a se valorizar
continuamente. Vamos supor também que
não haja nenhuma alteração no arcabouço tributário, regulador e estrutural da
economia. O Brasil passa a ter uma moeda
valorizada mas sem ter uma economia competitiva (eu falei que era necessário
uma mágica para isso acontecer). Creio
que era essa arranjo que o leitor tinha em mente.
"Neste caso, no
final das contas, estaríamos em melhor ou pior situação?"
Em
melhor situação, sem a menor sombra de dúvida.
E, se você discorda, então, por coerência, você não apenas tem de
recusar qualquer proposta de aumento salarial, como também tem de dizer que,
quanto maior for o seu aumento salarial, pior será a sua situação — ou, o que
dá no mesmo, dizer que quanto maior for a sua redução salarial, melhor será a sua situação. Quem defende desvalorização cambial está
defendendo a redução do poder de compra da população. E defender redução no poder de compra é o
mesmo que defender redução salarial. É
incoerência ser a favor de uma medida (desvalorização da moeda) e ser contra a
outra (redução salarial).
Recentemente,
passei uns dias na Europa. Portugal,
Áustria, Itália e Suíça. Vou tirar Suíça
e Áustria da equação porque sei que muitos irão protestar qualquer comparação
destes países ao Brasil. Vou me
concentrar apenas em
Portugal. As notícias
que chegam aqui é de que o país está à beira da catástrofe e que, em
comparação, o Brasil é um paraíso. Puro
sensacionalismo. Um trabalhador
português, por causa de sua moeda forte, possui, por todos os motivos citados
acima, um padrão de vida invejável para a classe média brasileira. Ele tem acesso a produtos importados a preços
baixos de todos os países do mundo. Fartura
de oferta é o que não lhe falta. Acessórios
que, para os brasileiros são de luxo, para um português são corriqueiros. Questões culturais e morais à parte, um
acesso mais fácil e mais barato a serviços e bens de consumo é justamente o que
define o padrão de vida de uma sociedade.
Os
carros que circulam corriqueiramente em Lisboa — oriundos majoritariamente da
Alemanha, da França e da Itália — podem ser vistos apenas nos bairros mais
chiques de São Paulo. Um carro popular
europeu possui como itens de série apetrechos que no Brasil são opcionais
caríssimos. No bairro do Chiado, você
encontra comércio mais diversificado, mais elegante, mais vibrante e (muito)
mais barato do que na Oscar Freire. Fui
à FNAC de Lisboa à procura do iPhone 5.
"Desculpe, mas está esgotado em todo o país. A próxima leva chega semana que vem." No Brasil, o iPhone 5 não se esgotou. Ele simplesmente não chegou. A rede El Corte Inglés,
com oito andares de comércio de todos os tipos, faz qualquer shopping brasileiro
parecer uma coleção de lojinhas de bairro (mas com preços que fariam um suíço
repensar seu conceito de riqueza).
Um
país como o Brasil, que possui reduzida oferta de bens estrangeiros e preços
estratosféricos, realmente está em melhor situação do que um país em situação
contrária? Se o Brasil fosse realmente
invejável e a Europa estivesse realmente tão mal, não seriam os brasileiros que
estariam invadindo Lisboa à procura de bens de consumo, mas sim o contrário.
Concluindo
Sim,
uma moeda forte seria uma bênção para a população brasileira. Ela representaria um aumento do poder de
compra do trabalhador e, consequente, um aumento em seu padrão de vida. Ela teria o mesmo efeito de um aumento
salarial permanente. Ela imediatamente
daria aos brasileiros acesso barato a uma farta quantia de bens e serviços
estrangeiros, aumentando enormemente nosso padrão de vida. Os nacionalistas que hoje batem no peito para
elogiar o Brasil e escarnecer a situação europeia certamente nunca saíram do
país e não têm a mínima ideia da invejável qualidade de vida do cidadão médio nos
países mais atrasados da Europa.
Mas
uma moeda forte impõe certas disciplinas que, se não forem obedecidas e
respeitadas, farão várias vítimas. Por
exemplo, dado que uma moeda forte não combina com uma expansão pródiga do
crédito, esta ausência de inflação monetária não permitirá a continuidade de
atividades econômicas artificiais, as quais só podem ser sustentadas justamente
por meio de contínuas expansões monetárias.
Pense em um restaurante com música ao vivo tocada por uma banda
barulhenta e desafinada. Ninguém
realmente quer ouvir aquilo, mas acaba, por educação, pagando o couvert. O restaurante seria a atividade econômica
sólida e a banda seria a atividade econômica artificial. Em um ambiente de moeda forte, não
manipulada, esta banda não teria emprego.
Seus integrantes teriam de procurar outras atividades mais
produtivas. Já em um ambiente de moeda
fraca e inflacionada, haveria dinheiro para o couvert desta banda. Mas o ônus viria na forma de pratos e bebidas
mais caros para os clientes, bem como serviços mais relaxados e de menor
qualidade.
Portugal
e Espanha sempre possuíram moedas fracas (o escudo e a peseta,
respectivamente). A entrada no euro
repentinamente lhes trouxe um poder de compra maior que o do franco suíço. O padrão de vida de espanhóis e portugueses
elevou-se substancialmente. Hoje, não é
do euro que eles querem sair. Há apenas
uma parcela improdutiva da sociedade — formada majoritariamente por sindicatos
de funcionários públicos e privados — que está protestando contra privatizações
e contra necessários cortes em seus salários.
Por
isso, um país com moeda forte tem de ser produtivo, caso contrário haverá
desempregados. Não há espaço para
empregos em atividades econômicas artificiais, para as quais não há genuína
demanda. Não há espaço para malabaristas
de semáforo ou para flanelinhas ganharem dinheiro.
Ou eles procuram atividades produtivas, ou definham. Da mesma forma, uma moeda forte não dá espaço
para políticos e burocratas criarem medidas — como a expansão do crédito —
que beneficiem grupos de interesse e determinadas camadas eleitorais.
Quanto
à constatação final do leitor, que diz que "uma moeda valorizada funcionaria
como refúgio para os investidores (como o franco suíço até um tempo atrás), o
que reduziria drasticamente os juros de captação e seria um estímulo para o
governo se endividar mais," há um erro em sua conclusão final. Dizer que uma economia funcionaria como
refúgio para investidores e que isso reduziria os juros de captação está longe
de representar um problema. Dizer que
isso seria um estímulo para o governo se endividar ainda mais é uma inversão da
realidade. É a moeda fraca que estimula
o endividamento, e não a moeda forte. O
Brasil sempre teve moeda fraca, nunca parou de aumentar seu endividamento bruto
(que é o que realmente conta) e nunca demonstrou qualquer preocupação quanto a
isso. Já os países do euro, moeda forte,
estão sendo obrigados a apresentar medidas de redução de suas dívidas, algo
impensável no Brasil.
No
mais, gostaria que o leitor me citasse quais os genuínos empecilhos que uma
moeda fraca apresenta ao crescente endividamento estatal. Não consigo pensar em nenhum. Por último, mesmo que o
raciocínio do leitor fosse correto, tal medida (aumento do endividamento)
deveria ser imputada ao estado, aos seus políticos, aos seus burocratas e aos
cidadãos que toleram tais desmandos, e não à moeda forte.
Como
disse Jesús Huerta de Soto, uma moeda
forte coíbe e limita as decisões arbitrárias de políticos e burocratas. Ela disciplina o comportamento de todos os
agentes que participam do processo democrático.
Ela promove hábitos morais de comportamento humano. Em suma, ela restringe as mentiras e a
demagogia, e facilita e amplia a transparência e a verdade nas relações
sociais. Nem mais e nem menos.
Por
que não querer isso?